Compulsão Alimentar
O que é?
O Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) é um comportamento disfuncional cujo padrão alterado do consumo de alimentos traz consequências à saúde tanto física quanto psicológica.
O TCA envolve os sistemas neurais de recompensa e de autocontrole como ocorrem nos demais comportamentos aditivos. Estes sistemas são responsáveis pelo desejo imperativo de repetir as emoções consideradas prazerosas.
Embora haja a influência genética no surgimento do transtorno, os fatores sociais e psicológicos são preponderantes.
Entre fatores desencadeantes dos episódios de compulsão alimentar estão os afetos negativos, como tristeza, raiva e frustração. São também apontados como gatilhos o estresse nas relações interpessoais, as dietas muito restritivas, as pressões sociais, o tédio, etc.
Há a crença de que o consumo exagerado de alimentos trará um alívio imediato aos problemas, porém o que se percebe a longo e médio prazo é o aumento do sofrimento e a qualidade de vida afetada por sentimentos de fracasso e tristeza.
Quais as principais Características?
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Alimentar-se exageradamente e um curto espaço de tempo.
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Sensação de não conseguir parar de comer.
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Comer até sentir um desconforto físico por comer demais mesmo sem fome.
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Vergonha.
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Isolamento durante os episódios para esconder dos demais o comportamento exagerado.
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Sofrimento intenso acompanhado pelos sentimentos autodepreciativos.
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Culpa.
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Depressão.
Qual o tratamento?
As Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCCs) serão as abordagens de referência para o tratamento do TCA visto que são apontadas pela literatura como abordagens de escolha para este transtorno.
Isso se deve as respostas positivas obtidas durante o tratamento psicoterapêutico e ao fato das mudanças de comportamentos permanecerem mesmo após o término desse processo.
Para obter uma maior eficácia no tratamento a orientação familiar é realizada conjuntamente a psicoterapia individual.
O objetivo central do tratamento está na autorregularão de ingestão de alimentos. E essa meta será atingida por meio de:
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Conscientização da necessidade de mudança.
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Desenvolvimento das motivações para realização da mudança.
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Encontro de formas mais adequadas para enfrentar as situações de risco.
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Aumento da autoconfiança.
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Deixar de pensar na comida como solução para os problemas.
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Lidar com sentimento de culpa.
Em algumas situações pode ser indicado o tratamento com outros profissionais da saúde para ampliar as possibilidades de sucesso.
Referências: