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DEPENDÊNCIA afetiva

Dependência Afetiva (DA) e Codependência

O que é?

A Dependência Afetiva ou Emocional, bem como a Codependência, são entendidas como formas comportamentais aditivas com foco no relacionamento interpessoal.

Estas dependências relacionais podem ser direcionadas ao cônjuge, companheiro (a), familiares ou pessoas próximas.

A diferença entre a Dependência Afetiva e Codependência está no fato de um dos integrantes da relação fazer ou não uso de substâncias psicoativas (drogas).

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Na Dependência Afetiva nenhuma das pessoas envolvidas na relação faz uso de substâncias químicas. Já na Codependência a pessoa não dependente de substâncias desenvolve dependência pela outra que é dependente de substâncias.

Estas relações geram muito sofrimento e não raramente se rompem. Porém, tanto o dependente afetivo como o codependente tendem a levar para as futuras relações os mesmos padrões de comportamentos disfuncionais das relações conturbadas anteriores.

O desejo irresistível de reaver a pessoa amada (fissura) e os sintomas de ansiedade pela ausência ou possibilidade de perdê-la (abstinência) são características comuns na DA e na Codependência.

Na Dependência Afetiva:

O dependente afetivo cria expectativas irreais de que o outro com quem se relaciona suprirá por completo suas necessidades e desenvolve um amor patológico. Via de regra, a relação afetiva passa a ser o centro de sua vida.

Submete-se ao outro em troca de afeto e cuidados, mesmo que a moeda de troca seja o maltrato ou descaso.

Busca por alguém mais forte que possa defendê-lo. Deixa de tomar qualquer tipo de decisão acatando as imposições de seu parceiro de modo a se fundir com ele. O resultado é uma relação de desequilíbrio de poder e que se torna sufocante.

Quais as principais características do dependente afetivo?

  • Necessidade de ligação emocional com o outro.

  • Precisa de conselhos alheios para tomar decisões cotidianas.

  • Precisa de outro para assumir responsabilidades em áreas de sua vida.

  • Não entra em desacordo para não perder apoio ou obter aprovação.

  • Submete-se em troca de carinho e apoio.

  • A falta de confiança em sua capacidade ou julgamentos dificulta agir por conta própria.

  • Medo exagerado de ser incapaz de cuidar de si mesmo.

  • Necessita de uma pessoa que o cuide e ampare.

  • Medo da solidão.

  • Anseio por estar sempre envolvido em um relacionamento íntimo.

Na Codependência:

Os cônjuges ou familiares de dependentes químicos assumem comportamentos obstinados para controlar o uso compulsivo de substâncias dos seus parceiros.

Visam proteger e justificar os atos cometidos pelo usuário de drogas. Não raramente se anulam e passam a viver a vida em função do outro. Chegam a se sacrificar para “salvar” o seu ente querido, enquanto este estiver fazendo uso de substâncias.

Porém, quando o dependente químico entra em abstinência o codependente geralmente é invadido por um mal-estar que vem acompanhado de desconfianças sobre a conduta do adito.

Esse comportamento codependente é atribuído ao seguinte processo adaptativo: quando o dependente químico fazia uso de substâncias o codependente se sentia obrigado a assumir muitas responsabilidades. Cuidar de tudo e de todos.  Com a abstinência ele precisará abrir mão desta condição e reaprender a dividir o controle sobre as mais diversas situações.

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Quais as principais características do codependente?

  • Um senso exacerbado de cuidado com o outro.

  • Sentimentos de insatisfação.

  • Baixa tolerância à frustração.

  • Vazio emocional.

  • Desejo de autodestruição e sentimentos negativos.

  •  Falta de consciência sobre seus problemas.

  • Sensação de estar preso ao relacionamento e de que não conseguirão deixá-lo.

  • Conflitos de identidade.

  • Foco excessivo no outro e autonegligência.

  • Assume toda a responsabilidade pelos acontecimentos.

  • Necessidade de ajudar o parceiro, tentando resolver todos os problemas.

Qual o tratamento?

As Dependências Relacionais (Afetiva e Codependência) são tratadas psicologicamente com a ajuda de psicoterapia individual em conjunto com a orientação familiar.

As Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCCs) se destacam por sua eficácia nos resultados relativos às mudanças dos comportamentos dependentes relacionais.

O processo inicia pela quebra dos sentimentos dúbios em relação às mudanças necessárias e a identificação das motivações encontradas para fazê-las. Dando subsídios para perceber a parcela de responsabilidade de cada pessoa envolvida na relação e também favorece a consciência sobre problemas vividos.

A análise e a reestruturação do conjunto de pensamentos e crenças distorcidas promove a percepção mais realista sobre si mesmo e o aumento da autoestima. O processo psicoterapêutico traz o sentimento de ser capaz, favorecendo tomar decisões por si só e resolver seus próprios problemas.

O desenvolvimento de habilidades das relações interpessoais permitirá um maior equilíbrio das emoções, a redução do estresse, a delimitar os limites aceitáveis em um relacionamento e ser mais assertivo.

Fortalecer modos mais saudáveis de pensar pode representar a conquista da autonomia e a prevenção de comportamentos relacionais dependentes.

Outros profissionais da saúde podem ser recomendados se outras doenças estiverem associadas ao diagnóstico da dependência relacional.

Referências:

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