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Compulsão Sexual
O que é?
A Compulsão Sexual ou Transtorno de Comportamento Sexual Compulsivo (TCSC) foi recentemente classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte dos Transtornos do Controle de Impulsos. Significa que o TCSC deixa de ser entendido como um apetite sexual excessivo e passa a ter uma conotação mais patológica.
O TCSC está definido no manual de Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como “um padrão persistente de falha no controle de impulsos sexuais intensos e repetitivos ou impulsos que resultam em comportamento sexual repetitivo”.
A pessoa com TCSC tende a fracassar em resistir ao impulso da gratificação sexual imediata e sente-se coagido a repetir o ato, mesmo sabendo dos danos que possa causar para si ou para as pessoas próximas.
Os prejuízos incluem gastos financeiros, desestabilidade dos relacionamentos com cônjuges ou amigos, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.
Este padrão aditivo de comportamento sexual busca a satisfação das fantasias tanto por meios virtuais quanto reais. Se valendo do uso descontrolado e excessivo de sites de relacionamentos e pornografia ou através de múltiplos parceiros sexuais ocasionais.
Quais as principais Características?
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Atividades sexuais repetitivas e persistentes.
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Negligência com a saúde, cuidados pessoais, atividades, responsabilidades ou outros interesses.
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Esforços mal sucedidos para reduzir significativamente o comportamento sexual repetitivo apesar das consequências adversas e da pouca ou nenhuma satisfação com o ato.
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O comportamento sexual repetitivo vira o foco central na vida da pessoa.
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Causa acentuado sofrimento.
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Danos pessoais, familiares, sociais, educacionais, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento.
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Remorso ou culpa por comportamentos ou impulsos sexuais inconsequentes.
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Rebaixamento da qualidade de vida.
Qual o tratamento?
Através das Terapias Cognitivo-Comportamentais (TCCs) serão aplicadas técnicas psicoterapêuticas que fornecerão subsídios para o desenvolvimento do autocontrole dos impulsos sexuais repetitivos.
Em psicoterapia individual será trabalhado inicialmente a quebra dos sentimentos contraditórios em relação à mudança de comportamento (ambiguidade). Esse processo precede a conscientização do problema e das consequências comportamentais.
Também será feita a análise criteriosa do papel ocupado pelo comportamento sexual compulsivo na vida da pessoa produzindo elementos importantes para atribuir novos sentidos ao ato. Esse entendimento leva a encontrar outras formas de lidar com os problemas do cotidiano e também com a própria sexualidade.
O desenvolvimento e o treinamento das habilidades sociais ajudarão a lidar com os sentimentos negativos, a tolerar o estresse e no resgate das relações interpessoais fragilizadas.
Ao aprender a lidar com situações de risco não apenas recaídas serão evitadas como também aumentará a capacidade de acreditar em si e no seu processo de mudança.
A orientação familiar é parte integrante do tratamento psicológico aumentando os resultados positivos do processo. Quando necessário o cliente será orientado a também inserir a ajuda de outros profissionais da saúde em seu tratamento.
Referências:
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